A MISSÃO DO MÉDIUM
O médium tem como uma de suas missões na vida ser um instrumento nas mãos dos guias e Orixás. Ele deve ter e seguir, em sua vida, os conceitos de caridade, amor e fé, praticados dentro da Umbanda.
Para muitos é dado a entender que o médium sofre.
Ser médium na concepção maior, não é dor e sim provação. Pode-se dizer que a vida de quem é médium 24 horas por dia, 7 dias na semana, realmente não é fácil, mas não chega a ser castigo, como algumas pessoas entendem, e sim, como se pode dar em benefício do próximo, encarnado ou desencarnado.
Mas, existem médiuns que sofrem muito, realmente sofrem muito: por sua própria culpa, porque acham que os guias devem-lhes dar de tudo, ou se envaidecem, ou agem de maneira errada e leviana em suas vidas, ou não levam a sério a vida espiritual, ou por ignorância sentem vergonha da forma como se dá a incorporação e não permite que ela aconteça naturalmente.
Existem aqueles médiuns que são como "pára-raios" das forças negativas, basta estar uma pessoa muito carregada no terreiro ou passar por perto de alguém que esteja com alguma demanda ou obsessor para começar a passar mal. Mas esses, com o tempo, vão aprendendo a se controlar com a ajuda dos Guias e acabam resolvendo o problema.
O médium deve tangir sua vida como um mensageiro de Deus, dos Orixás e Guias. Ter um comportamento moral e profissional dígnos, ser honesto e íntegro em suas atitudes. Nos dias de hoje, é difícil ser tudo isso, mas vale a pena e pode ser feito.
As pessoas que são médiuns devem levar sempre a sério suas missões e ter muito amor e dar valor ao que fazem, ter sempre boa vontade nos trabalhos de seu terreiro e na vida do dia a dia.
O médium deve tomar, sempre que necessário, os banhos de descarrego adequados e solicitados para o seu próprio bem-estar, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa, conversar sempre com o Guia espiritual do terreiro quando estiver com alguma dúvida, problema espiritual ou material.
"Deve deixar, na medida do possível, seus problemas materias sempre do lado de fora do terreiro", ou seja, tentar entrar no terreiro com a cabeça mais arejada e limpa, fazendo com que haja uma divisão entre o material e o espiritual, embora eu saiba que deixar os problemas lá fora seja difícil, mas não é impossível.
O médium deve estar sempre atento aos seus direitos e deveres para com o trabalho mediúnico e para com o templo.
Fonte:
Umbanda, uma religião e suas raizes
http://www.umbanda.etc.br/
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Postado por Tukka Bianchi às 11:54 0 comentários
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UMBANDA:O QUE É A UMBANDA?
Umbanda: religião BRASILEIRA, anunciada como ritual por um ser espiritual que se identificou como Caboclo das Sete Encruzilhadas, em sintonia mental (incorporação) do médium Zélio Fernandino de Morais, em 1908, no município de Neves (Niterói-RJ).
A um ser espiritual, a Umbanda dá o nome de Entidade, que pode ser um Caboclo(a), um Preto(a)-Velho(a), um Exú, uma Pombagira ou uma Ibeijada/Ibeiji (crianças do Astral).
Sobre o que vem a ser cada uma destas Entidades, recomendo a leitura de outros textos que disponibilizei aqui mesmo no Recanto, cada um tratando especificamente sobre tais seres de luz que são os verdadeiros trabalhadores da Umbanda.
Devo salientar que, destes, o tema mais controverso e ao mesmo tempo mais intrigante talvez seja a figura de Exú (e Pombagiras).
É bom deixar claro que estes seres, ou estas Entidades, NÃO POSSUEM religião. Com isso, NÃO SÃO umbandistas, tampouco espíritas. Eles são LIVRES e, portanto, podem penetrar em qualquer ambiente, desde que haja a real necessidade de suas presenças e/ou auxílio.
A Umbanda, por ser uma religião proveniente da fusão de várias crenças e de práticas antigas, não se caracteriza por uma religião POLITESÍSTA. Ao contrário disto, acredita em um ÚNICO Deus, o mesmo em que os católicos acreditam. Também o mesmo deus que os protestantes acreditam. Também o mesmo deus que os espíritas kardecistas acreditam, e por aí vai.
Deus, para o umbandista e para a Umbanda enquanto religião, é a figura máxima e vem a ser chamado por seus praticantes de Zambi. Logo, DEUS = ZAMBI.
Já a figura de Jesus, o Cristo (ou seja, Jesus Cristo) para o umbandista significa o modelo de perfeição; aquele que se deve buscar ou, ao menos, se espelhar em suas ações e pensamentos. Se é fácil ou difícil alcançar este estado já seria assunto para uma outra ocasião, em outro artigo. Logo, pode-se compreender que, para a Umbanda, JESUS = OXALÁ.
Os demais mentores espirituais com os quais a Umbanda lida enquanto prática religiosa e doutrinária, podem variar de região para região do país, assim como de casa para casa espiritual, conforme orientação, educação e segmento de seu dirigente (físico e espiritual). Logo, uma Casa de Umbanda (Terreiro, Centro, Tenda, Cabana, etc) possui, ao menos, um dirigente físico, chamado de Babalorixá ou Ialorixá (comumente conhecido como Pai ou Mãe-de-Santo) e um dirigente espiritual (conhecido como Guia, Guia-Chefe ou Chefe Espiritual de Terreiro).
Ao praticante da religião Umbanda e ao que estuda seus rituais/ritualísticas, dá-se o nome de umbandista (ou filho de santo). Não há distinção de nomes para o médium masculino ou feminino. Homens e mulheres recebem o mesmo nome, podendo ainda serem simplesmente chamados de médiuns.
Orixá, na Umbanda, NÃO É igual a Santo da Igreja Católica. Há distinção.
Para a maioria das casas umbandistas, considera-se que Orixá venha a ser a manifestação espiritual da Natureza, representada através de um elemento ou habitat.
A Umbanda entende que a ENERGIA que os locais da natureza possuem são a verdadeira manifestação do Orixá. Sendo assim, para o umbandista, o Orixá nunca adquiriu nem irá adquirir formas ou qualidades humanas. Logo, o umbandista começa a entender desde cedo que, para cultuar um Orixá, é necessário pôr de lado determinados conceitos ou crenças de religiões mais primitivas e folclóricas, como Candomblé, por exemplo.
Não pontuarei aqui, neste artigo, as diferenças existentes entre uma religião e outra, entre uma prática e outra. Existem muitas diferenças, embora sejam parecidas em alguns aspectos.
O importante é elucidar que são práticas distintas e cada uma vai possuir seu grau de importância e relevância para seus praticantes e frequentadores.
Na Umbanda NÃO se permite o sacrifício de animais, chamado vulgarmente de matança.Existem outras formas de manipulação de energia, seja através das ervas, dos cristais, das essências e demais elementos que vão compor a ritualística própria de uma casa. Lembrando sempre que cada casa vai adotar determinados procedimentos conforme orientações espirituais, sem no entanto sair do intuito da religião, que é a CARIDADE.
Diferente também do espiritismo Kardecista (proveniente de Allan Kardec, médium francês do séc. XIX), na Umbanda os espíritos de pessoas desencarnadas recentemente NÃO estabelecem comunicação com os médiuns (que são aparelhos receptores e transmissores) nem com os frequentadores assistidos em seus problemas (que são os assistentes, ou assistência).
Na Umbanda, o assistente (ou consulente) não recebe mensagens de seus familiares ou parentes próximos porque NÃO EXISTE a sintonia com tais seres desencarnados.
A Umbanda acredita apenas "trabalhar" com espíritos desencarnados há algum tempo, motivo este que vem a ser justificado pela EVOLUÇÃO espiritual daquele ser.
Logo, as Entidades de Umbanda são seres evoluídos ou em busca de uma evolução maior dentro do que se entende (limitadamente) como Plano Astral.
Na Umbanda, os médiuns que são sintonizadores de energias e vibrações e que possuem a psicofonia (capacidade mediúnica de emitir som, ou seja, falar), prestam a caridade através de suas incorporações com os seres já citados acima.
Uma incorporação não é uma possessão.
Não existe como dois corpos ocuparem o mesmo lugar. Isto é física. Bem como a maneira que os elementos se ligam e reagem entre si e a energia que é desprendida ou absorvida durante estas transformações, entende-se por química, que é o que se pode verificar como sendo duas das grandes ciências que ocorrem nos fenômenos espirituais dentro da Umbanda.
Por este motivo e por outras conclusões que foram atingidas através de estudos e observações acerca destes fenômenos é que acertadamente pode-se concluir que a Umbanda, antes de ser entendida como simplesmente uma prática religiosa, é também uma ciência religiosa. Nela, diversos elementos se cruzam e se manifestam pela Natureza, pelo homem e em prol dele.
Bem direcionadas, estas forças geradas podem ser manipuladas sem que seja necessário recorrer aos estudos da alquimia antiga. Na verdade, o que a Umbanda vai praticar não deixa de ter um teor alquimista, mas não ela não poderá ser classificada como tal prática. Assim como não há porque classificar ou até mesmo associar a Umbanda a bruxaria, a magia negra ou ao satanismo. São coisas completamente diferentes e cada uma enquanto seita não vai compreender a gama de informações encontradas na Umbanda como religião.
Há de se observar, além de tudo já citado, que o que diferencia a Umbanda de todas as demais religiões (oficialmente conhecidas) é o livre-arbítrio. Conceito que é amplamente divulgado nos meios espíritas mas muito pouco conhecido em sua real concepção. É o caso das reencarnações compulsórias, onde o espírito "ocioso" é compelido a reencarnar mesmo contra sua vontade, subjulgando-se então seu livre-arbítrio. Assim entende o Kardecismo. Assim não entende a Umbanda.
Para o umbandista praticante, o fato de reencarnar (ou ter diversas vidas, experimentando diversas situações terrenas) faz com que ele EVOLUA, sem portanto ter que carregar um fardo gerado por concepções que, de alguma forma, já estão ultrapassadas e que foram reconsideradas e, principalmente, revistas pelo plano astral superior.
O tema livre-arbítrio, assim como o tema Exú, são dois pontos nevrálgicos para o entendimento e estudo daquele que deseja se aprofundar nos conhecimentos espíritas e/ou umbandistas. Justamente por não se ter uma dimensão exata do que vem a ser o livre-arbítrio e do que vem a ser Exú.
Para o candomblé, Exú é Orixá e seria o enviado dele, fazendo a interligação com o homem. Logo, responderia pelos seus desejos mais materiais, terrenos e densos.
Para a Umbanda, Exú também apresenta tais características, mas não o considera como Orixá e sim como Entidade, por se tratar de um ser em evolução, assim como nós, diferentemente do Orixá, que já possui evolução suficiente, portanto, vibrações mais sutis e elevadas, não carregando consigo características humanas, tampouco formas físicas.
Enfim, pelo que parece há muito o que explicar, porém, mais ainda para aprender. Devido às nossas falhas e limitações, torna-se mais fácil distorcer ou desvirtuar informações. Cabe-nos, a todo instante, orar e vigiar.
AUTORIA: ULISSES JÚNIOR
PARA COPIAR CITE O AUTOR
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EU SOU UMBANDISTA
É não ter vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar, acima de tudo a um trabalho espiritual.
É, saber que um terreiro, um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros, centros, e casas de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado, é saber, amar para ser amado, é saber ouvir para ser escutado, é saber dar um pouco de sí para receber um pouco de Deus dentro de sí.
É saber que a Umbanda não faz milagres, quem os faz é Deus, e quem os recebe os mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda,não vende nem dá salvação, mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.
É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É,saber que nem sempre estamos preparados ... que é necessário sacrifícios, tempo e dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um terreiro sem ter hora para sair, ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.
É, mesmo sem fumar e beber, dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo, confiando que me deixem sempre bem após as sessões.
É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que eu possa, viver meu dia-a-dia, numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.
É sofrer por não negar o que sou (Umbandista), e ser o que sou com dignidade, com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado, de sujo, de ignorante, conservador, alienígina, louco ... e, ainda assim, amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido física, espiritualmente e moralmente, mas mesmo assim, continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do Diabo, de Satanás, de servo dos Encostos, e, mesmo assim, levantar a cabeça, sorrir e seguir em frente com dignidade.
É ser Umbandista e pedindo sempre a Zambi para que eu nunca esteja Umbandista.
É acreditar, mesmo nos piores momentos, com a pior das doenças, estando um caco espiritual e material, que os Orixás e os guias, mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão alí, ao nosso lado, momento a momento nos dando força e corragem; ser Umbandista é, acima de tudo, acreditar no,s Orixás e nos guias, pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim, onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda, mesmo que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos, estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a ajudou, e não ter orgulho.
É colocar suas guias e sentir o peso de uma responsabilidade, onde muitos possam ver ostentação.
É chorar, sorrir, andar, respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você, mas não ter vergonha de pedir pelos outros.
É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata, nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade seja no terreiro, seja numa encruza, seja na calunga, seja no cemitério, seja na macaia, seja nós caminhos ... seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa, mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo muído, e, ao mesmo tempo, sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a força do soar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.
É ver um consulente entrar o terreiro chorando, e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.
É ter esperança que um dia, nós Umbandistas, acharemos a receita do respeito mútuo.
É ser Umbandista, mesmo que outros digam que o que você faz, sua prática, sua fé, sua doutrina, seu acreditar, sua dedicação, seu suor, suas lágrimas e sacrifífio não sejam Umbanda.
É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.
É saber o que significa a Umbanda não para você, mas para todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer, pensar e ser, ser e nuncar estar ...
É saber que a Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda, caridade, luta, justiça, cura, lágrimas, aflição, alívio, ráiva, amor, mau e bom, mal e bem ... os problemas, as necessidades e a ajuda para solucionar os problem,as de quem a procura.
É saber que a Umbanda é livre; não tem dono, não tem Papa, mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.
É saber que você não escolheu a Umbanda, mas que a Umbanda escolheu você.
É amar com todas as forças essa, Religião maravilhosa chamada Umbanda.
" A Morte é tão convicta de sua vitória, que nos dá a Vida inteira de vantagem..."
Fonte:
Templo de Umbanda Caboclo Tupinambá
http://www.tuct.com.br/
Postado por Tukka Bianchi às 11:19 0 comentários
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