? ??????????????????? ????Easy Install Instructions:???1. Copy the Code??2. Log in to your Blogger account
and go to "Manage Layout" from the Blogger Dashboard??3. Click on the "Edit HTML" tab.??4. Delete the code already in the "Edit Template" box and paste the new code in.??5. Click "S BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS ?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A DIVERSIDADE NA UMBANDA



A Umbanda é uma religião que tem um conceito – atribuído ao Caboclo da Sete


Encruzilhadas, seu fundador/nominador-aceito universalmente pelos seus membros.




Conceito: Umbanda é a “Manifestação do espírito para a caridade” .




Cem anos atrás, bem antes talvez, a prática da Umbanda já existia, embora


inominada e exercitada em Roças de Candomblé (embora não fossem bem aceitas as


suas manifestações), Terreiros de “Macumba”, em quartinhos nos fundos das casas e


em locais isolados no interior do país, e outros locais com outras denominações onde


se manifestavam esses espíritos.






O feito mais importante do Caboclo das Sete encruzilhadas foi a anunciação e o


”batismo” da nova religião com o nome de Umbanda, a expressão pública da sua


missão, a implantação efetiva e definitiva da nova religião para o mundo físico, não


como uma ocorrência isolada e deslocada em centros kardecistas, Candomblés,


Macumbas, etc... mas como uma “nova” forma de trabalho com a espiritualidade,


cujas primeiras diretrizes fez saber a quantos ali estavam.






Nesse artigo desenvolver-se-á uma teoria sobre o assunto, que não tem a pretensão de


ditar normas ou ser a verdade das verdades, mas de analisar o conceito e suas


implicações.






Partindo do próprio conceito que diz :


“Manifestação do espírito para a caridade” e o


analisando pela ótica da interpretação, pode-se chegar a algumas deduções, que serão


relatadas a seguir.






Quando o conceito fala em “manifestação do espírito”, está especificando que


deve/pode haver esse tipo de manifestação, dentro dos trabalhos da Umbanda.


Quando diz que é “para a caridade” está informando/afirmando a grande condicional


necessária e imprescindível para que esse trabalho dos/com os espíritos seja


considerado como de Umbanda: a prática da caridade.


Atribui-se também ao Caboclo das Sete Encruzilhadas a informação de que essa seria


uma religião para todos: encarnados e desencarnados, de todas as raças, credos e


condições sociais. Sem discriminação.






O Caboclo pergunta aos seus interlocutores kardecistas :


(...)"- Porque repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a


ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"


"- Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este:






Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."(...)


: "- Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela


recorrerem nas horas de aflição, todas as entidades serão ouvidas, e nós


aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles


que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois


esta é a vontade do Pai." (...)






"-Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A pratica da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".






Foram sublinhados determinados trechos no texto acima apenas para dar ênfase ao


que se pretende demonstrar, ou seja, que a Umbanda, por sua natureza e por sua


conceituação e definição, é uma religião onde a prática da caridade e do amor fraterno é a prioridade e a meta, que nela não pode existir preconceitos de quaisquer espécie,


sejam relativos aos encarnados ou aos desencarnados, que sua função é permitir que


os espíritos e os homens possam auxiliar-se uns aos outros na senda da evolução.


Que se ensine o que se sabe e se aprenda com o outro o que não se sabe ainda. Que


se perceba que somente o amor e a fraternidade podem levar o ser à Luz . Que se


compreenda que nada, nada mesmo, acontece sem que o Astral Superior saiba e


permita.






Que o Pai sempre nos abençoa com recursos que facilitem nossa evolução e nos


espera de braços abertos quando estivermos prontos à retornar ao seu seio. Que a


Divina Luz zela pelos seus filhos todo o tempo, que tudo compreende. Que o Senhor,


tudo vê, sabe e pode; e que não há no universo o que não seja por Ele gerado,


coordenado ou por suas Leis regulado.






Deve-se observar que, se no texto, o Caboclo inicialmente se refere aos pretos velhos


africanos e aos índios nativos, é porque, àquela época, esses eram os espíritos que já


se encontravam prontos para manifestação e a caridade, e não porque outros não


pudessem ser agregados a medida que suas falanges surgissem e estivessem prontas para o trabalho. Sendo evolutiva e agregadora, a Umbanda vem abarcando em seu seio amoroso uma série enorme de espíritos, formadores de novas falanges,


possuidores dos mais diversos conhecimentos, experiências e usos de processos


magísticos ; provenientes das mais diversas origens ( raciais, sociais e religiosas) que


estão dispostos a trabalhar fazendo caridade em busca de sua evolução e no auxílio da evolução do outro.






Do exposto acima surgem alguns itens a observar como, por exemplo, a questão das


novas falanges que vem surgindo na Umbanda, das variantes ritualísticas e das


diversificações de elementos magísticos usados por cada entidade.






Outro ponto que deve ser observado e com cuidado é a relação entre os cultos afros


originais, o Candomblé e a Umbanda. Se de início, talvez até, movidos pelo momento


histórico-político-social e pela necessidade de afirmação da Umbanda enquanto


religião diferenciada tanto do kardecismo quanto do Candomblé, os intelectuais da


Umbanda, de certa forma tenderam a torná-la um tanto rígida, se usaram de um certo


“purismo elitista” e de muito etnocentrismo, isso deve ser entendido dentro do


contexto do momento em que estavam e não como uma forma de dogma, ou de


intolerância. Deve ser levado em conta toda a criação/educação que receberam e o


meio social em que viviam, que era escandalosamente preconceituoso, se levarmos em conta a título de paralelo, os dias atuais.






Deve-se lembrar que a primeira reação de uma “cisão” religiosa entre outras tantas é a de negação do que se tinha anteriormente, ou seja, se de início negaram qualquer


ligação entre a Umbanda e os cultos de Nação, e, se a negação foi menor no que tange ao kardecismo, isso se deveu muito mais à questões das visões pessoais, crenças internas arraigadas, e principalmente do pensamento sócio-político reinante na época, do que à alguma regra da Umbanda ou da espiritualidade.






É preciso também entender que a Umbanda é uma religião de enorme abrangência


espiritual, capaz de unir sem conflitos os espíritos provenientes das mais diversas


fontes e aprendizados religiosos, dos mais diversificados rituais sem com isso se


tornar menos Umbanda, sem perder sua característica principal, a manifestação do


espírito para a caridade.






Os “erros” cometidos em nome da Umbanda são dos seres encarnados, que presos aos conceitos apreendidos na carne, aos sistemas sociais/religiosos onde foram criados, e sendo por suas próprias naturezas seres em evolução, muitas vezes, mesmo imbuídos das melhores intenções e do maior amor, acabam deturpando, ou antes, reduzindo a grandeza da Umbanda ao querer limitar e dogmatizar seus princípios, reduzir seus horizontes e sua competência.






No entanto, é preciso ter cuidado para não fazer como o fizeram os apóstolos após a


morte do Cristo, que ao invés de apenas seguirem seu exemplo de simplicidade e


humildade, e pregarem a boa Nova como lhes foi ordenado, deixaram falar mais alto


seus dogmas, seus preconceitos entranhados pela educação judaica na qual foram


educados e que lhes estavam arraigados ao ser.






Nessa jornada, “distorceram” muitos dos ensinamentos, deturparam princípios,


alteraram conceitos e principalmente esqueceram qual era a mensagem principal:


Todos somos filhos do mesmo Pai que nos espera e perdoa amorosamente.






Transformaram o messianismo e a simplicidade do Cristo em regras rígidas, seu


perdão tão gratuito em condicionamentos e penitências, suas parábolas ditas ao ar


livre em reuniões ritualísticas e repetitivas em templos fechados onde de início nem


todos são convidados a entrar para ouvir.






Sua humildade viu-se alterada e coberta do que é “de César”: riqueza material, poder


mundano acrescidos do controle sobre a consciência dos outros.






Que se possa aprender com os erros alheios do passado e do presente, nossos e dos


outros, principalmente sabendo que tais erros foram cometidos, não por maldade ou


premeditação, e sim por amor, com a crença de ser o ‘senhor” da Verdade, e um amor


capaz de fazer aceitar a morte nas cruzes romanas e nos circos, com a serenidade dos


que crêem-se e sabem-se amparados.






Que se possa compreender e admirar a diversidade daqueles a quem o Cristo pregava, lembrar que Ele não escolhia local nem hora, nem público especial, ele apenas saía e ensinava, curava e plantava a semente do amor nos corações dos homens, a cada um dando conforme sua capacidade de entendimento, sem criticar, sem condenar, apenas amando, perdoando, exemplificando, doando-se.






Que a Umbanda com seus mais diversos rituais, suas mais diferenciadas formas de


trabalho, suas múltiplas falanges, seu leque de opções magísticas usadas para


cumprir sua missão espiritual, permitindo a manifestação do espírito, qualquer


espírito, desde que para a prática da caridade.






Que seus adeptos confiem no Astral Superior, em Deus, não importa por qual nome O


chamem.






Que cada um confie em seus guias e permita que os outros confiem nos que lhe são


afeitos, e possam seguir seus caminhos conforme seus espíritos e suas mentes


estejam preparados para compreender a Umbanda e nela trabalhar.






Que os umbandistas sejam convictos de que seus mentores sabem mais e melhor do


que seus médiuns o que fazer pelo adiantamento de cada um, quais são os caminhos


que cada um tem que percorrer para evoluir.






Cada ser tem sua forma própria de ser e de aprender, seu tempo e método individual


de apreensão de conhecimentos e conceitos. Cada um de nós tem pelo menos uma


habilidade que sempre é utilizada (pelo astral) da melhor maneira possível em


benefício de si e do próximo.






Deixe-se de lado, o mais possível as pretensões tão humanas quanto a saber a verdade Suprema sobre a Umbanda e a vida e reconheça-se que o Pai, conhecendo a natureza dos que nessa terra encarnam, não deixaria que Verdade Suprema fosse conhecida integralmente por nenhum de nós, já que o poder é um grande corruptor de almas, e que tende-se a usar desses conhecimentos em proveito próprio (mesmo quando se tem, a melhor das boas intenções!), pois sempre se acha bem no íntimo que a “nossa“ forma de ver o mundo é a mais correta.






Tudo isso é para fazer meditar os seres sobre essa diversidade tão amada e tão


condenada ao mesmo tempo. É para fazer meditar cada coração e cada espírito sobre


o direito que se tem de julgar o que é feito na casa do outro.






Que direito se tem de passar por cima dos conceitos alheios e impor os seus?






Quem, eu pergunto:


quem tem a procuração de Deus com firma reconhecida (como já


o exigia o poeta), dizendo que é o “senhor da verdade” sobre o que é ou o que não é a umbanda e parte da Umbanda?






Quem pode se arvorar em predileto de Deus, eleito para ditar aos homens a verdade?


Nem os Guias o fazem!






Cada guia, à sua época, conforme a necessidade e a capacidade de compreensão dos


que ali se apresentavam ou para suas casas eram encaminhados, de acordo com a


sua proposta de trabalho -decidida no e pelo Astral- fez as suas colocações e lançou o


que em suas casas/tendas/terreiros seria a base de sua magia, qual a filosofia seria


seguida por sua linha teológica.






O que todos tem em comum é o Amor ao Pai e “ao próximo como a si mesmo”, o


respeito pelas Leis Divinas, o trabalho com espíritos para a prática da caridade e a


busca da evolução. Isso é Umbanda!






Simples, humilde, diversificada, unida sim, não pela foram de ritual externo nem pelo


tipo específico de uso magístico, mas pela sal missão: Fazer a caridade sem


preconceitos, sem elitismo, sem condicionantes outras que não sejam o Amor, a Fé, a


vontade de Evoluir, e praticar a caridade permitindo que os espíritos se manifestem e


trabalhem pelo bem, seu e do outro. Fazendo de seus adeptos, mormente os médiuns, seres participativos, integrantes e integrados na umbanda, e responsáveis pelo que fazem Nela, com Ela e por Ela.






Cristina Zecchinelli


em: 05 e 06/07/2007


GREOO - Grupo Espírita Obreiros de Oxalá


Av. Dom Hélder Câmara, 7.508 Fds






Retirado do: Correio da Umbanda


Edição 19 – Julho de 2007

0 comentários: